quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Desespero

Na semana passada eu me desesperei. Fiquei pensando no quanto eu estava cheia de esperança no final do ano passado, no quanto eu acreditava que 2010 seria o ano da minha vitória.
Estudei muito para o MPU, fiz o que pude... Se bem que, pensando melhor, acho que não fiz tudo o que podia. Não abri mão das horas na internet de bobeira, de ver filmes, enfim... Estudava um bocado durante o dia, mas queria fazer outras coisas também. Não creio que tenha sido isso o que me deixou de fora deste certame. Confesso que fiquei muito triste quando vi que seriam apenas 3 vagas para analista processual no RJ, mas queria ter, pelo menos, a minha redação corrigida. Estudei um pouco de teoria e fiz muitos exercícios do material do Ponto dos Concursos, não fiz tudo por falta de tempo, mas o que deu para fazer, eu fiz.
No dia da prova eu surtei. Saí de casa já tensa e comecei a suar frio no caminho da minha casa até o ponto de onibus. Liguei para o meu irmão desesperada, achava que ia desmaiar e não ia conseguir fazer a prova. Ele falou o óbvio, que não adiantava ficar daquele jeito.
Encontrei com uns amigos no ponto e, na van, eu fiquei falando de uma porção de coisas que tinha estudado, dos posicionamentos do STF, o que poderia ser questão de prova... Eu estava por dentro da matéria! Chegamos ao shopping em Campo Grande, fomos almoçar, eu engoli a comida e parti para a Estácio. Tudo rápido, sem tempo para respirar pois já estávamos em cima da hora. Não lembro de muita coisa... Só sei que, durante a prova, eu gesticulava muito, falava com a prova, sabe? E quando vi a redação... Molezinha! Era só para falar sobre as funções do MP dentro de um determinado caso concreto. Acontece que eu fui ficando nervosa, achando que não tinha estudado o suficiente, pensando nas pessoas que estudaram mais do que eu e eu fui minando e ficando muito nervosa. Tão nervosa que fiz uma redação ridícula, muito aquém do que costumo fazer. E ainda marquei errado no cartão resposta uma questão que era ponto ganho na certa. Quando eu fiz isso, tive vontade de rasgar a prova toda e gritar o palavrão mais escabroso! Que ódio!
Passado este trauma, eu tinha mais um mes para a DPERJ. Eu já estava de saco cheio e estudei muito pouco, quase nada. Durante a prova, eu tinha vontade de dar risada com as questões. A prova de Portugues para técnico superior processual foi absurda, a prova de portugues mais difícil que já fiz! Bom, não passei também.
No domingo passado (5/12) era a prova para Assistente Adm da UFRJ. Eram 100 vagas, matéria super tranquila, estudei muito pouco, quase nada de novo. Surtei outra vez: não fui fazer a prova. Estava muito chateada com tudo isso, com o fato de não ter conseguido nada esse ano e não tinha me dedicado o suficiente. Fiquei em casa, desabafei com concurseiros no orkut e assim foi o final de semana.
Hoje, 8 de dezembro, to tentando organizar as ideias. Não quero dar tiro no escuro, murro em ponto de faca, quero parar para pensar. Não fazer o primeiro concurso que aparecer. Quero focar. Apesar de estar estudando há quase 2 anos, acho que ainda não aprendi a focar.

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