Na semana passada eu me desesperei. Fiquei pensando no quanto eu estava cheia de esperança no final do ano passado, no quanto eu acreditava que 2010 seria o ano da minha vitória.
Estudei muito para o MPU, fiz o que pude... Se bem que, pensando melhor, acho que não fiz tudo o que podia. Não abri mão das horas na internet de bobeira, de ver filmes, enfim... Estudava um bocado durante o dia, mas queria fazer outras coisas também. Não creio que tenha sido isso o que me deixou de fora deste certame. Confesso que fiquei muito triste quando vi que seriam apenas 3 vagas para analista processual no RJ, mas queria ter, pelo menos, a minha redação corrigida. Estudei um pouco de teoria e fiz muitos exercícios do material do Ponto dos Concursos, não fiz tudo por falta de tempo, mas o que deu para fazer, eu fiz.
No dia da prova eu surtei. Saí de casa já tensa e comecei a suar frio no caminho da minha casa até o ponto de onibus. Liguei para o meu irmão desesperada, achava que ia desmaiar e não ia conseguir fazer a prova. Ele falou o óbvio, que não adiantava ficar daquele jeito.
Encontrei com uns amigos no ponto e, na van, eu fiquei falando de uma porção de coisas que tinha estudado, dos posicionamentos do STF, o que poderia ser questão de prova... Eu estava por dentro da matéria! Chegamos ao shopping em Campo Grande, fomos almoçar, eu engoli a comida e parti para a Estácio. Tudo rápido, sem tempo para respirar pois já estávamos em cima da hora. Não lembro de muita coisa... Só sei que, durante a prova, eu gesticulava muito, falava com a prova, sabe? E quando vi a redação... Molezinha! Era só para falar sobre as funções do MP dentro de um determinado caso concreto. Acontece que eu fui ficando nervosa, achando que não tinha estudado o suficiente, pensando nas pessoas que estudaram mais do que eu e eu fui minando e ficando muito nervosa. Tão nervosa que fiz uma redação ridícula, muito aquém do que costumo fazer. E ainda marquei errado no cartão resposta uma questão que era ponto ganho na certa. Quando eu fiz isso, tive vontade de rasgar a prova toda e gritar o palavrão mais escabroso! Que ódio!
Passado este trauma, eu tinha mais um mes para a DPERJ. Eu já estava de saco cheio e estudei muito pouco, quase nada. Durante a prova, eu tinha vontade de dar risada com as questões. A prova de Portugues para técnico superior processual foi absurda, a prova de portugues mais difícil que já fiz! Bom, não passei também.
No domingo passado (5/12) era a prova para Assistente Adm da UFRJ. Eram 100 vagas, matéria super tranquila, estudei muito pouco, quase nada de novo. Surtei outra vez: não fui fazer a prova. Estava muito chateada com tudo isso, com o fato de não ter conseguido nada esse ano e não tinha me dedicado o suficiente. Fiquei em casa, desabafei com concurseiros no orkut e assim foi o final de semana.
Hoje, 8 de dezembro, to tentando organizar as ideias. Não quero dar tiro no escuro, murro em ponto de faca, quero parar para pensar. Não fazer o primeiro concurso que aparecer. Quero focar. Apesar de estar estudando há quase 2 anos, acho que ainda não aprendi a focar.
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